quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Marketing como investimento no futebol



Na última segunda-feira, o Clube Atlético Mineiro celebrou 40 anos da conquista de sua maior glória no futebol, o título de campeão brasileiro de 1971. A data, como não poderia deixar de ser, não passou desapercebida pelos torcedores e pela mídia, que rememoraram a vitória trazida por Dadá Maravilha e cia.
Mas e o clube?
Na visão genial de seu presidente, Alexandre Kalil, o marketing é despesa, e não investimento. Dessa forma, o Galo entrou em férias desde que, de forma melancólica, encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2011, goleado pelo maior rival que, assim, escapou do rebaixamento.
Algo muito diferente do que aconteceu em 2008, quando o clube celebrou os 100 anos de vida com direito a diversas ações que reacenderam no torcedor a paixão pelo time, à época também mal das pernas dentro de campo, mas que nem por isso deixaram de consumir o Galo.
A visão de que o marketing não vai gerar receita para o futebol poderia ser aceitável há 40 anos, quando o Atlético levantou a sua taça de campeão brasileiro. Hoje, porém, é com pensamento desse tipo que um clube não vai para a frente, não inova, não aumenta a base de torcedores, não vence.
O marketing é um dos investimentos mais certeiros que há no futebol. Afinal, a paixão incondicional do torcedor pelo clube não depende do resultado dentro de campo, mas de boas ideias fora dele para levar esse consumidor a aumentar a receita do clube e, assim, possibilitar a formação de melhores equipes, com melhor estrutura, etc.
O desempenho dos clubes no futebol brasileiro recentemente mostra claramente que os bons resultados têm sido acompanhados por gestões mais modernas. O passado só deve ser vangloriado em datas especiais. Não em atitudes ultrapassadas na gestão.

Fonte: http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br

Como se mostra acima, o marketing esportivo bem gerido gera muitos frutos financeiros, vide o caso do Barceloa, clube que lucra 1 bilhão de euros por ano. No brasil podemos destacar o São Paulo e mais recentemente o Corinthians. Será que estes times estão na contramão do negócio esporte?

Acho que o primeiro passo para uma gestão é tirar do poder os presidentes que se apossaram dos clubes e só visam o próprio lucro. Segundo passo, contratar gestores, o clube tem q ser visto como uma empresa. Terceiro, determinar metas a médio prazo, assim, formará uma equipe nas 4 linhas competitiva por muitos anos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Campeão por merecimento!!!



Com o coração na boca, o Corinthians foi pentacampeão do Brasil.
Foi sofrido como o torcedor diz que gosta.
Mas desta vez não precisava tanto sufoco.
O time disputou uma guerra com o Palmeiras de Felipão.
Quatro expulsões, bola na trave e o 0 a 0 consagrador.
Ganhou o Brasil o time mais regular, mais vitorioso.
Ninguém ganhou 21 vezes.
18 delas por diferença de um gol.
Mas não há como tirar o mérito da eficiência da estratégia de Adenor Leonardo.
O Corinthians foi vibrante, mas é campeão do Brasil graças à sua frieza.
Tite repetiu Nelsinho Batista em 1990.
Os dois não tiveram vergonha, constrangimento em mudar as características corintianas.
Montaram equipes fortes na marcação, donas de ótimas bolas paradas e contragolpes velocistas.
E sem o menor constrangimento na hora de se defender, quando o empate servia.
Foi o que aconteceu hoje no Pacaembu.
No primeiro tempo, o Corinthians foi sufocado pelo Palmeiras.
Só teve capacidade de dar um chute ao gol.
Os mais de 39 mil torcedores que lotaram o estádio quase enfartaram.
Até porque o Vasco ia vencendo o Flamengo.
Felipão queria ganhar o seu ano e tratou de montar o Palmeiras forte.
Marcando a saída de bola como se enfrentasse um time pequeno.
Seu time foi sufocando o corintiano nos primeiros 45 minutos.
Chegou a ter 58% do domínio da bola.
Um debochado ironizou que o limitado Palmeiras tinha a posse de bola do Barcelona.
Mas era verdade.
Ainda mais porque Adenor Leonardo improvisou o zagueiro Wallace no lugar do suspenso Ralf.
E insistiu que o mais importante era marcar o Palmeiras, travá-lo sem cometer faltas.
O medo era Marcos Assunção.
Foi impressionante a dedicação da equipe.
Jorge Henrique se desdobrava em três marcando, armando e tentando atacar.
Taticamente foi perfeito, substituiu à altura o suspenso Emerson.
O Palmeiras se mostrava melhor, mas pouco efetivo.
Chutou muito, mas não criou uma chance efetiva contra Júlio César.
Os escanteios de Assunção rondavam a pequena área do gol corintiano, mas a zaga corintiana estava firme.
Só que o domínio palmeirense foi impressionante.
Embora um lance muito discreto poderia ter mudado o jogo.
Henrique derrubou Willian com o joelho.
Pênalti difícil de enxergar.
Mas pênalti.
Wilson Seneme não viu e não marcou.
Foi o seu único pecado no jogo.
Pena que foi um pecado capital.
O lance acabou sendo tão difícil de enxergar que a maioria da torcida nem percebeu.
A tensão dominou o Pacaembu no intervalo.
A sensação era que o Corinthians não resistiria a tanta pressão palmeirense.
Só que em pouco mais de dois minutos do segundo tempo, Valdivia mudou o rumo da partida.
O problemático chileno resolveu aparecer.
Deu um chutão na bola para a lateral e deixou de propósito o braço acertar o rosto de Jorge Henrique.
Cartão vermelho acertadíssimo.
Sua expulsão mudou o quadro.
Com um a menos, o Palmeiras perdeu o ímpeto.
E o Corinthians passou a tocar a bola.
Mesmo com um a mais, a equipe seguia a determinação de Tite.
Nada de se abrir para evitar tomar um gol no contragolpe.
O que era bom ficou maravilhoso.
Renato Abreu empatava o jogo no Rio.
A tensão diminuía.
Mas voltou a subir depois que Fernandão desviou na trave cobrança de falta de Marcos Assunção.
E ficou ainda mais forte quando Wallace cometeu falta desnecessária em Maikon Leite e foi expulso.
Tudo ficava igualado.
Dez para cada lado.
O equilíbrio continuava.
Mas sem chances de gol.
Aos 40 minutos do segundo tempo, o espírito de Edílson se apossou do corpo de Jorge Henrique.
Ele pegou a bola na lateral do campo e, do nada, resolveu dar um 'chute no vácuo', o drible preferido do Valdivia.
O lance foi absolutamente para provocar os palmeirenses.
Conseguiu.
Foi chutado por João Vitor e começou uma briga generalizada.
Seneme incorporou Moisés e expulsou apenas João Vitor e Leandro Castán.
Um de cada lado.
Luan também deveria ter sido expulso por chutar Jorge Henrique por trás, antes de o jogo se reiniciar...
O Palmeiras ainda tentou a vitória que valia R$ 20 mil.
Mas o Corinthians resistiu com a firmeza de campeão.
Segurou o 0 a 0, o placar que lhe servia.
E conquistou seu quinto Campeonato Brasileiro.
Foi o ápice de um ano marcante.
Que começou com a derrota na Pré-Libertadores.
O final da carreira de Ronaldo.
Mas a efetivação do seu estádio de R$ 1 bilhão, o Itaquerão.
A consagração de Andres Sanchez como diretor de Seleções.
E hoje o sonhado título de Adenor Leonardo.
Ele montou o time mais efetivo do Brasil.
O título veio da maneira justa em todos os sentidos.
O Corinthians não deixou sobrar nada.
Foi a equipe das vitórias por 1 a 0.
A das vitórias com o coração, com o sofrimento.
Corintiano festeja com todo direito.
Não houve no Brasil um clube com força para derrubar esse time da liderança.
Adenor Leonardo ganhou o grupo ao domar a insurreição de Chicão.
Se impôs dentro do elenco.
E fora mostrou que seu estilo é esse: eficiente.
Quem quiser espetáculo vá ao circo.
Porque o campeão do Brasil de 2011 é o retrato da eficiência, da regularidade.
E que da sua maneira merece os aplausos, os louros de campeão.
O Corinthians é o melhor retrato do futebol brasileiro.
O que trocou a técnica, o brilho pela eficiência.
Palmas para o Corinthians, pentacampeão do Brasil.

Palmas para Adenor Leonardo...

Fonte: http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/2011/12/04/a-eficiencia-se-impos-no-brasileiro-de-2011-o-corinthians-e-digno-pentacampeao-brasileiro-o-time-de-adenor-leonardo-e-o-retrato-do-futebol-atual-do-pais/

E assim os pontos corridos vão se tornando uma maturidade no país do futebol, precismos apenas proteger as equipes, não deixar acontecer como na Espanaha, onde apenas Barcelona e Real Madrid desfrutam dos melhores contratos.


Com a nova formula da Copa do Brasil, o principal interesse da Rede Globo em ter o chamado "mata-mata" salvará a forma de pontos corridos do campeonato brasileiro.