Leandro Damião acaba de ser convocado por Mano Menezes.
Alexandre Pato e Nilmar estão contundidos e não deverão jogar contra a Escócia.
O jovem atacante do Internacional deverá formar uma inusitada dupla com Jonas.
Mas vale a pena contar um pedaço da história de Leandro Damião, a grande promessa do Inter.
Típica de um programa aos moldes do antigo e lacrimejante Esta é a Sua Vida.
Paranaense, filho de lavrador, Leandro Damião não tinha profissão definida. Só estudava, tinham talento mas não oportunidade. Viajou com o pai para trabalhar no violento bairro do Jardim Angela em São Paulo. Jogava futebol em parques públicos à beira da represa do Guarapiranga.
Lá conseguiu indicação para fazer teste no glorioso Atlético de Ibirama, de Santa Catarina.
Como volante. Acabou fracassando na peneira. Considerado muito desengonçado. Dispensado, não se deu por vencido. E pediu ao próprio presidente do clube nova chance. Disse que era pobre e não poderia voltar para casa. Por dó, o dirigente concordou. Só que na segunda peneira atuou como centroavante. Passou...
Ou seja: em 2008, ele estava na Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro pelo Marcílio Dias.
Depois de passagem relâmpago Cidade Azul, foi parar no Internacional.
Deveria ter custado R$ 400 mil, mas chegou de graça...
Forto como um touro e com inesperada habilidade, os gols começaram a surgir. De cabeça, canela, esquerda, direita e depois de sensacionais arrancadas. Ganhou o lugar de Alecsandro. E a cobiça dos clubes europeus. Logo o Inter fixou sua multa rescisória em 50 milhões de euros.
No início do ano, Mano Menezes se reuniu com vários jornalistas de Porto Alegre para um bate papo.
E lá confidenciou que estava de olho em Leandro Damião para a Olimpíada. E essa convocação foi para que o garoto de 21 anos ganhe maturidade.
Mas como tudo na vida de Leandro Damião é imprevisível, ele pode até ganhar espaço de verdade na principal. Poder ser o cabeceador que Mano tanto busca... Vale lembrar que o jogador não teve trabalho de base. Não era atleta profissional até os 17 anos.
Menino, adora comemorar seus gols colocando um bigode de plástico no nariz.
Em homenagem ao batalhador pai, Natalino, que o levou para trabalhar no Jardim Angela e abriu as portas do futebol ao filho.
fonte: http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/
fonte: http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/
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