É notória a influência que a mídia, de uma maneira geral, tem no desenvolvimento do esporte no país. Ela é responsável por levar as mais diversas informações para milhares de leitores e telespectadores. No caso da Rede Globo, a que mais investe no esporte nacional, há outro lado da moeda que desagrada, e muito, profissionais de outras modalidades que não o futebol. Recentemente, o empresário João Paulo Diniz criticou abertamente a Rede Globo por não divulgar os patrocinadores de atletas olímpicos. Ainda assim, o problema continua.
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Hoje, o investimento privado no esporte ultrapassou a marca de R$ 2.5 bilhões de reais, mas com o futuro esportivo do país, este valor tende a crescer significativamente. Porém, é necessário que a mídia se torne aliada do esporte, que caminhe em conjunto, visando este crescimento financeiro.
Os investimentos das mídias no esporte representam a maior parte de suas receitas. A televisão é o meio de maior influência, tanto mercadológico, quanto financeiro nas equipes. Esta exposição gerada pela TV reflete em novos e melhores patrocínios para elas, que passam a planejar melhor sua temporada e auxilia no processo de crescimento da modalidade. Se falarmos de esportes como o basquete, vôlei, tênis e automobilismo, esta dependência aumenta.
Basquete: Desde a criação do Novo Basquete Brasil, através da LNB, voltou a ter boa relevância no cenário nacional. A Globo, visando este crescimento, adquiriu a cota de transmissão e passou a oferecer para parceiros. Eletrobrás e Caixa são duas das parceiras atuais da NBB. Porém, somente este ano que a Globo deu importância ao basquete. Ela transmitiu o Jogo das Estrelas e as finais do campeonato.
Para 2012, ela irá além. Diferentemente de 2009,2010 e 2011, onde as finais foram disputadas em melhor de cinco jogos, em 2012, por exigência da Globo, ocorrerá em apenas um. Ruim para a torcida, acostumada a um modelo leal e natural de disputa, bom para as equipes envolvidas, que com maior exposição criam maior interesse das empresas e as auxilia no processo de expansão do esporte. O presidente da LNB, Kouro Monadjemi, sintetizou a situação: "não adianta ter um campeonato perfeito que ninguém investe, se tivermos que sacrificar o lado técnico pelo econômico, vamos fazer".
Vôlei: justiça seja feita, o vôlei brasileiro é um dos que mais abocanha títulos internacionais no país. Naturalmente, a Globo possui as cotas de transmissão da SuperLiga, que tem a maioria dos seus jogos transmitidos pela Sportv. Nas finais, a emissora carioca exerce seu direito e transmite para todo o país, o que é de bom grado para as equipes. Com a seleção, o cenário é diferente. A Liga Mundial de Vôlei é inteiramente transmitida em TV aberta. Esta popularidade, aliada a gerações vitoriosas desde a década de 80, contribui para que o vôlei brasileiro seja visto com outros olhos por empresas e fãs do esporte. A CBV é grande aliada da Globo neste processo.
Tênis: diante de dois cenários que possam servir de exemplo de como a Globo tem influência no crescimento dos esportes, o tênis segue fora da grade da emissora. Quem quiser acompanhar o tênis no Brasil, o único caminho é a TV fechada. Isso prejudica melhores investimentos no esporte, que sofre para conseguir títulos de expressão, apoio para competições e surgimento de novos ídolos. Gustavo Kuerten, vencedor que foi, teve total apoio da Rede Globo, que aliada aos títulos de ponta do atleta, constantemente fazia reportagens e cobertura dos seus jogos. O cenário do tênis na TV aberta não poderia ser mais pessimista, com isso, o maior volume dos investimentos no mercado não pega o caminho da modalidade.
Se ela é fundamental para o crescimento e investimentos no esporte, a Globo tem seu lado negativo, prejudicial e que pode acarretar até em extinção das equipes. Muito natural no vôlei e basquete, as empresas adquirem o direito de nomear as equipes, que passar a se chamar, por exemplo, Sollys/Nestlé. Porém, a Globo veta qualquer menção de empresas a nome de equipes, que acabam sendo chamadas pelo nome da cidade e não pelo da empresa. Sem falar nas tradicionais entrevistas pós-jogos, em que a câmera fecha no rosto do atleta e tira toda exposição do patrocinador. Isso se aplica também ao futsal e automobilismo.
Equipes tradicionais já encerraram suas atividades alegando problemas com o veto, que não tendo colaboração da TV, perdem o apoio dos seus patrocinadores e se veem obrigadas a fechar as portas. No vôlei, casos conhecidos de extinção são aplicados ao Finasa, Brasil Vôlei e Unisul.
Além da censura ao nome, fica a dúvida para uma total mudança de cultura e implementação de ferramentas muito tradicionais do marketing esportivo, como o naming right (direito sobre o nome) e title sponsor (patrocínio ao título).
Para os eventos que o país receberá em 2014 e 2016, não podemos ficar presos a modelos antigos e monopólios de transmissão. Se as modalidades e o mercado esportivo brasileiro desejam crescer, que se comece com maior liberdade das empresas em relação às transmissões. Equilíbrio é fundamental, e um esporte consolidado, também é do seu interesse, Rede Globo.
* Eduardo Esteves é consultor de marketing esportivo.
http://br.esportes.yahoo.com/noticias/-opini%C3%A3o--esportes-com--ajuda--global.html?page=2
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
Brasilllllllllll !!!!!!!!!
Bonito, muito bonita a classificação de basquete masculina para Londres 2012. Quem viu os últimos 4 jogos da equipe, percebeu um grupo unido, vibrante, de qualidade e focado em seus objetivos.
As estrelas da NBA, Leandrinho e Nenê, desprezaram a pátria amada, espero que o ano que vem, eles não sejam convocados para pegar o filé...o osso duro foi roído e bem ruído.
É o retorno de um esporte que foi bicampeão mundial duas vezes, que teve umd os maiores atletas em todos os esportes, Oscar, contudo vinha em decadência. Foi necessário uma mudança na admininstração do basquete nacional, a presença de grandes ex-atletas para colaborar na mordenização do basquete nacional.
Um técnico argentino, vibrando como brasileiro é bonito, mas temos que ver q qle acbou com clubinhos, os mesmo sempre convocados, abrindo espaços para novos atletas, revelando todo potencial guardado neste últimos 16 anos de sofrimento longe das Olímpiadas.
Vamos torcer vibrar, que as mudanças no basquete sigam o mesmo caminho do volêi, que o futebol se espelhe nesta relação comercial e de procura pela excelência no esporte para darmos um salto importante no mundo esportivo, ser ealemnte uam grande potência.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Acordo entre UEFA-GLOBO
A Uefa anunciou hoje a renovação do acordo com a Globo para a transmissão da Liga dos Campeões da Europa (leia aqui). O negócio, válido até 2015, serve de lição para o que poderia ter sido feito na negociação entre clubes e emissoras pelos direitos do Campeonato Brasileiro.
No anúncio feito na manhã desta quinta-feira, a Uefa explica que, até as quartas-de-final, a Band, que sublicenciou os direitos, fará a transmissão da primeira escolha do jogo de quarta-feira. A partir das quartas, Globo e Band dividem a transmissão do jogo que escolherem para a rodada. Além disso, durante a competição, a Globo é obrigada a fazer matérias sobre os jogos, enquanto a Band tem de exibir o pacote com os melhores momentos de cada rodada.
Sim, você não leu errado. As emissoras são obrigadas, por contrato, a fazerem essa entrega editorial dentro da programação.
Foi esse tipo de poder de barganha que os clubes brasileiros jogaram no lixo quando abriram mão da negociação coletiva dos direitos de transmissão do Brasileirão. A Uefa é quem negocia a transmissão da Liga dos Campeões, e não os clubes participantes do torneio. Com isso, o maior interesse é pelo aumento da audiência da competição e, claro, a geração de maior receita com a venda desses direitos.
Por ser a dona dos direitos de transmissão, a Uefa consegue, também, impor as regras para que seja feita a exibição das partidas e, ainda, a entrega editorial de promoção do torneio. Dessa forma, fica muito mais fácil negociar pensando num objetivo comum do que tentando adequar pensamentos e necessidades de mais de uma dezena de equipes.
Sem um pensamento único, os clubes brasileiros perderam o poder de obrigar as emissoras a transmitirem o evento esportivo de maneira que o produto se tornasse melhor. Enquanto a Uefa faz um acordo pensando na ampliação da audiência de seu principal torneio em território brasileiro, os clubes do país simplesmente olham para a necessidade de fluxo de caixa e esquecem de fazer um acordo em que todos consigam sair fortalecidos.
O acordo entre Uefa e Globo bem que poderia ter sido feito há meio ano. Quem sabe assim os clubes do país abririam os olhos a tempo de ver o desserviço prestado para aquilo que há de mais valioso hoje por aqui, que é o Campeonato Brasileiro. Um dos maiores motivos para o sucesso da geração de receitas nos clubes da Europa foi a transformação da Liga dos Campeões num objeto de desejo de consumo de todo o mundo.
Por aqui, pelo menos até 2015, não haverá nem ao menos quem pense num campeonato, de fato, brasileiro.
por Erich Beting às 17:09
Fonte: http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/09/08/o-que-o-acordo-uefa-globo-teria-a-ensinar-ao-brasil/
Fica mais um aprendizado, deve haver maior transparência nos negócios esportivos no Brasil, senão continuaremos a ser mero celeiro de craques.
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